"Visão do espaço", é assim que me sinto as vezes. Penso em coisas que poderia ter dito ou quem sabe em uma música que poderia ter criado. Me pego muitas vezes imaginando momentos que nunca existiram, mas que sempre torço que de alguma maneira venham a acontecer - sem ao menos me mexer. Ouço aquela música e penso em ti, oh pessoa imaginária. Esquizofrenia à parte, gosto desses devaneios; o mundo se torna abrangente... em meio a um grande caos de solidão. Me vejo na frente de um papel em branco, corro para o computador e deposito meus pensamentos; utilizo-me de metáforas, assim ninguém se aproxima - sou reservado... em uma mesa qualquer. Bebo até cair. É dessa forma que encontro a chave para o meu restrito e gigante mundo: tudo gira, asfalto e céu escuro rodopiam e se juntam em dos tons de preto distinto; fico entre a realidade, ilusão, porém ando devagar para não desviar do senso do ridículo. Pela manhã acordo, imagino uma conversa hilária, depois um passeio informal quem sabe? Não, não sabem. É "Só" ou "Lidão"? Acho que os dois, mas de maneira que nunca se juntam. Enfim, o Saturno nunca volta. Ainda me encontro aqui, sem nunca atrasar. Naquele reservado senso de "estar".
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
domingo, 22 de dezembro de 2013
Bala Perdida
BALA PERDIDA:
Bala perdida,
O mundo no chão.
Foi na testa de Maria; no coração de João.
Foi nos olhos da criança...
Ou no meio de suas mãos.
Onde escorre a esperança e se esvaia na escuridão.
Foi no morro mais alto, ou no local mais próximo.
Na verdade, não importa a distância, pois é sempre uma linha de destroços.
É o grito do desesperado; o disparo do vento.
É o choro da cidade. É o morto; o enterro.
Bala perdida,
O mundo no chão.
Foi na testa de Maria; no coração de João.
Foi nos olhos da criança...
Ou no meio de suas mãos.
Onde escorre a esperança e se esvaia na escuridão.
Foi no morro mais alto, ou no local mais próximo.
Na verdade, não importa a distância, pois é sempre uma linha de destroços.
É o grito do desesperado; o disparo do vento.
É o choro da cidade. É o morto; o enterro.
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